‘Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus para connosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o seu amor. ‘
1João 4:7-12 ARC
Na verdade, João neste trecho faz uma declaração categórica e muito profunda. Mas, não a entendamos como se o nosso amor para com o próximo é que definisse o amor para com Deus. Mas sim, que todo que ama verdadeiramente a Deus, tem como evidência clara disso, o amor ao próximo. Significa que amar a Deus leva inevitavelmente ao amor ao próximo, isto é, o amor a Deus é condição necessária e suficiente para amar o próximo. Pois o amor é um sentimento que se manifesta inevitavelmente em acções concretas. Por isso João afirma que “quem diz amar a Deus, mas não ama o próximo é mentiroso“.
Na verdade, o amor é a lei do existir, pois, cada ente no universo existe pelos e para os outros. Em abono disso, a coexistência eterna da tri-personalidade de Deus (a santa trindade) é a expressão mais profunda, significativa e acabada da transcendência do amor.
Foi por causa do rompimento do amor do homem para com Deus que surgiu o mal no mundo e é pela acção do amor de Deus que vem a redenção e o fim da desgraça humana.
O exercício do amor, segundo a Bíblia é o vínculo da perfeição (Colossenses 3:14), ele é o resumo de todos mandamentos (Mateus 22:35-37), o maior de todos os dons e o único que continuará na eternidade (1Coríntios 13:8, 13).
Por isso nesta semana estaremos meditando neste tão importante tema para a vida cristã, pois, todos que em Jesus se reconciliaram com Deus, vivem o amor (não de forma fingida) e falam dele sempre.
Apesar do Espírito Santo capacitar o cristão a amar, Ele espera que aquele exerça pronta e diligentemente esse dom. Amar não é um sentimento espontâneo, mas sim uma decisão, um sentimento voluntário, pois se não fosse assim, não seria um mandamento “amarás a Deus e ao próximo… “. “Vós maridos amai as vossas esposas…“; “Amai os vossos inimigos e orai pelo que vos perseguem“; “levai uns as cargas dos outros, assim cumprireis a lei de Cristo“; “amai-vos uns aos outros como Cristo vos amou“.
Assim, sendo, aproveitemos, nesta semana, rever até que ponto temos exercido verdadeiramente o dom e mandamento do amor; pois, é notório aos olhos de todos que o mundo continua clamando por misericórdia, o vizinho, o colega, o irmão, até os próprios inimigos precisam do amor de Deus, que pode ser materializado em suas vidas por nosso intermédio.
Não permita que o seu amor se esfrie, por se multiplicar a iniquidade (Mateus 24:12)…
Em todo caso, cada um faça seu, o apelo que Jesus dirige à Igreja de Éfeso: “VOLTEMOS AO PRIMEIRO AMOR…“(Apocalipse 2:2-5).
Tornemo-nos dignos instrumentos de realização do amor de Deus no mundo e verdadeiros discípulos de Jesus (João 13:35).
Deus abençoe ricamente.