Texto de base: Actos 27:27-44 ARC
O relato do trecho Bíblico de base faz referência a uma experiência real do apóstolo Paulo, o homem que tinha sobre os seus ombros a maior responsabilidade missionária da era primitiva da Igreja (e talvez da história).
É uma história de aflição, pavor e desafio. E talvez ela consta na Bíblia Sagrada para que, em certo sentido, os cristãos de todas épocas aprendam que ninguém está isento das intempéries desta peregrinação terrena.
Paulo e seus companheiros, a bordo de um barco estavam na eminência de um verdadeiro naufrágio.
Naufrágio é, literalmente, o afundar de qualquer coisa emersa em água, figurativamente é o descalabro, o desmoronamento, a destruição total ou o fim de uma situação.
No nosso contexto, o mundo encontra-se diante de uma decadência da ética e da moral sem precedentes, uma total subversão da verdade, crises humanitárias e climática que causam enormes danos, tudo isso acrescenta a grande onda de ódio e perseguição que os verdadeiros cristãos sofrem em muitas partes do mundo e, já agora, também a situação calamitosa produzida pela pandemia da Covid-19 e outras semelhantes, são situações que representam a iminência de um cenário de perigo maior, que podem terminar em um grande e terrível naufrágio.
Outros sim, lembrar que os perigos de naufrágios estarão sempre presentes, em maior ou menor grau, em certos certos momentos da vida.
Porém, o que fazer diante da iminência de um naufrágio?
Como evitar os naufrágios do mundo?
Aprendemos pelo relatos da experiência de Paulo e seus companheiros de viagem a necessidade de fazer o que é certo, diante das crises:
clamar pelo socorro de Deus, confiar na Sua absoluta providência e agir com diligência.
Também podemos tirar um grande exemplo na experiência de vida de Simão Gonçalves Toco, especificamente na grande lição de perseverança, que nos vem à memória neste mês, aquando dos 11 longos anos de exílio forçado em Portugal, num momento em que a expectativa dos seus detratores era de presenciarem um breve naufrágio do seu trabalho e, finalmente, o fim da obra de Deus por ele dirigida.
Mas, pela graça de Deus, em meio aos dias maus, ele mantinha-se confiante! E mesmo à distância confortava seus irmãos, orientando-os à oração e perseverança. Portanto, a grande confiança em Deus, o dono da obra, infundia nele o sentimento de vitória antecipada, mesmo que os anos de sofrimento se prolongavam cada vez mais. Enfim, a vitória se confirmou com o seu regresso triunfal, Agosto de 1974, 11 anos depois.
Prezado irmão, talvez estejas a sofrer uma grande injustiça, a suportar calúnias ou te encontras em meio a uma perseguição, ou provavelmente seu seu lar, seu emprego, sua finanças, sua saúde, seu ministério estejam na eminência de um naufrágio, talvez por causa do medo, desespero e pressão social estejas a beira de “atirar a toalha ao tapete”, desistir de tudo.
Temos um recado:
Há um Deus, dono e Senhor da história, que livra seus filhos de toda e qualquer situação. As vezes de um terrível lamaçal, outras vezes de uma situação tão desesperançosa como infundir vida a ossos secos (Ezequiel 37:1-14), ou dar vida a um morto em decomposição (João 11:10-44), PORQUE PARA DEUS NADA É IMPOSSÍVEL.
Clame a Deus de coração, espere com paciência e, o Todo-Poderoso, o Deus de justiça, se levantará a seu favor.
Evitemos os naufrágios do mundo.
Deus abençoe ricamente.